No seu trabalho com a criança pequena, mordidas entre elas não são incomuns. No entanto, ao contrário do que muitos acreditam, especialistas afirmam que essa atitude não significa, necessariamente, agressividade. Entenda por quê.
No início da vida, a boca é a parte mais sensorial do corpo humano e, por meio dela, o indivíduo descobre o mundo e expressa suas emoções.
Quando uma criança morde um adulto ou outra criança, provavelmente está querendo demonstrar afeto, resposta a uma frustração, curiosidade ou, ainda, o incômodo do nascimento dos dentes.
No período entre um e três anos morder é comum – e normal. Algumas crianças o fazem mais que outras, porque é dessa forma que se comunicam.
No entanto, muitos pais ficam indignados quando o bebê chega da creche com a marca dos dentes de outra criança no braço ou na perna. É preciso alertá-los de que a fase vai passar e que faz parte do desenvolvimento infantil. É preciso, também, apontar aos “mordedores” que essa atitude não é bacana, ajudando-os a aprender limites.
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Especialistas acham que muitos “nãos” e castigo acabam ineficientes para inibir a prática entre os pequenos. Para que aprendam de fato que morder não faz parte de relações sociais sadias, a criança tem de entender por quê.
Quando ela morde um adulto, este tem de mostrar que sentiu dor, que machuca, fazendo carinho no local da mordida, dizendo, por meio do gesto, que isso sim é uma maneira sadia de expressar afeto.
Quando a mordida é entre crianças, a recomendação é mostrar àquela que mordeu que seu ato machucou o coleguinha e que agora ela terá de cuidar dele para que se sinta melhor.
Outra dica importante é para adultos que gostam de morder (sem o uso dos dentes, é claro) as bochechas, cochas e bumbuns dos bebês. Esse ato pode ser entendido pelos pequenos como natural para expressar carinho, levando-as à reprodução, só que com o uso dos dentes e da força, que ainda não controlam.
Vale lembrar que, com o tempo, as mordidas serão substituídas pela fala e por outras formas mais elaboradas de expressão.
Uma criança que continue com esse comportamento após os três anos, mordendo as pessoas com frequência, é exceção e precisa ser analisada por um especialista para descobrir o que está gerando esse tipo de reação.
Aqui você pode acessar a matéria que inspirou este post e compartilhar mais informações com os pais.