Hoje o Edinaldo me enviou um link de uma pesquisa curiosa sobre a mentira. A pesquisadora desejava saber se se viver uma vida sincera pode melhorar a saúde das pessoas. Resolvi, então, propor essa rápida reflexão.
Anita E. Kelly, PhD, professora de psicologia na Universidade de Notre Dame relatou que as pessoas que reduziram as mentiras cotidianas tiveram os indicadores de saúde melhorados.
A parte prática da pesquisa foi conduzida durante 10 semanas em uma amostra de 110 pessoas. Aproximadamente metade dos participantes foram instruídos a parar com as mentiras durante as 10 semanas. A outra metade serviu como um grupo de controle que não recebeu instruções especiais sobre a mentira. Ambos os grupos tiveram que comparecer ao laboratório para fazer um exame médico e passar pelo polígrafo sobre as mentiras que haviam contado.
Segundo os autores, os participantes do grupo que reduziu a quantidade de mentiras apresentaram menos queixas e se sentiram muito melhor durante a experiência. Relataram, ainda, que suas relações pessoais haviam melhorado, o que, segundo o estudo, está na raiz da causa do bem estar físico.
Outra conclusão interessante vem do relato dos participantes que se esforçaram para não mentir. Ao final das 10 semanas, os participantes desse grupo afirmaram que já não faziam um grande esforço para não mentirem. Alguns disseram que perceberam a possibilidade de simplesmente dizer a verdade sobre suas relações diárias, em vez de exagerar, enquanto outros disseram que pararam de apresentar falsas desculpas.
Aqui no Portal, temos alguns artigos que falam sobre a mentira. Entre eles, alguns que trazem informações sobre como nosso sistema nervoso autônomo reage quando mentimos, descarregando uma grande quantidade de substâncias químicas que alteram o nosso funcionamento orgânico e psicológico.
Além disso, venho expondo às pessoas que a mentira é sempre nociva (mas nem sempre conseguimos afastá-la do nosso comportamento) pois mesmo uma “mentirinha boba” prepara o mentiroso para mentir mais e melhor….
Fico feliz ao ver que que conclusões tão óbvias vêm sendo sustentadas por trabalhos científicos de forma sistemática.
Escrito por: Sergio Senna
Fonte:IBRALC