Autor(a): FERRACINI, Luiz
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As classificações de professores segundo sua atitude didático-pedagógica
OBJETIVOS
- Listar as atitudes docentes mais comuns, na prática pedagógica, que são incompatíveis com a missão transformadora que o magistério pode e deve desempenhar.
- Avaliar a influência dos referidos tipos de professores no comportamento do educando.
1. O PROFESSOR DESANIMADO
Não chega a ser um relapso e até que tem muito do cumpridor técnico do dever, mas falta-lhe o brilho do entusiasmo pelo que faz:
"tudo ficará como está, isso não passa de fogo de palha"
2. O PROFESSOR SAUDOSISTA
Desempenha a contento suas funções didáticas e apresenta relacionamento razoável com alunos e colegas de trabalho. Mas, a seu ver, a escola, se algum dia foi o que deveria ser, isso aconteceu nos velhos tempos da escola autêntica, hoje resta apenas o ensino do faz de conta. Diante de qualquer iniciativa ou promoção de reforma, ele, discretamente, permanece omisso:
"não seria eu a mudar o mundo, quem entortou a escola que a conserte".
3. O PROFESSOR CRITIQUEIRO
É, em geral, um exímio conversador e antenado com todas as leis e portarias acerca da educação. Nada escapa de sua análise minuciosa, mas só enxerga o lado negativo das coisas. Para ele, a escola é apenas
"um cabide de emprego para os divulgadores de banalidades culturais"
4. O PROFESSOR ALIENADO
Faz do magistério um passa-tempo agradável. Se adapta a qualquer situação e está sempre indiferente aos problemas. Não vê, não ouve, não fala coisa alguma que o incompatibilize com a situação ou com o sistema. Sabe pôr a turma bem à vontade e, para ele, educar equivale a fazer a vontade dos educandos.
5. O PROFESSOR POLICIAL
Por convicção ou por interesse, ele sempre toma partido a favor do sistema. Disciplinado ao extremo, serve até de regulador para o relógio da casa. Os alunos, ele os mantém ocupados em transportar a montanha de matéria e de atividades que propõe, já que a educação consiste em assimilar todo o conteúdo programado pela cultura erudita.
"Erudição e disciplina, eis a escola ideal"
6. O PROFESSOR SEM MAIS
Se declara professor e nada mais. Educar equivale a ensinar e ensinar significa transmitir conhecimentos. O aluno representa para ele o espaço vazio a ser preenchido pelo saber. Desconhece a dimensão afetiva e moral dos alunos. Por isso, limita sua avaliação ao aspecto estrito da aprendizagem imediata. E basta.
7. O PROFESSOR CELETISTA
Não tem nome mas um número de matrícula. Não confia nos colegas pois o outro representa um possível substituto. Descomprometido com o ensino, não tem interesse pelos problemas da escola e do aluno. Como não cria raízes na escola, também não deixa saudades por onde passa. Por isso, ensina mas não educa.
8. O PROFESSOR SONHADOR
Apresenta um otimismo ingênuo mas exuberante. Vive na ignorância dos numerosos e complexos problemas da prática pedagógica. Está certo de que a sua ação educativa forma o educando a seu bel prazer. Se declara atuante fator de transformações profundas na alma do aluno e no mecanismo social. Em suma, é um professor que sonha alto.
9. O PROFESSOR-BICO
É um dos tantos profissionais que atuam, simultaneamente, em várias frentes. Para uns trata-se de necessidade e para outros é uma questão de prestígio e projeção; como para alguns aposentados que procuram fugir da ociosidade e se autopromover. Fato é que o professor-bico também não manifesta interesse em se vincular com os problemas vitais da educação.
10. O PROFESSOR LEIGO
Sem maior afinidade vocacional, ele apenas ocupou uma vaga. Em geral, desconhece as exigências vinculantes da consciência pedagógica. Logo, que surgir outro professor munido de diploma conseguido deus-sabe-onde e como, será fatalmente substituído.
11. O PROFESSOR IDEOLOGIZADOR
Adora fazer discursos e pregar. Não perde uma oportunidade de mostrar sua visão do mundo, geralmente de cunho moralista. Educar para ele corresponde a converter o educando para o próprio ideário. A atitude oposta ao ideologizador encontra-se na figura do mestre que trabalha a fim de que o educando encontre a verdade e se disponha a caminhar sob seu influxo.
12. O PROFESSOR TERRORISTA
É aquele que espalha medo entre os alunos. Aquele monstrinho pedagógico que assusta a turma, seja ameaçando com notas baixas ou com provas vingativas, seja ridicularizando as deficiências dos alunos. Esquecido de que já foi aprendiz e do quanto sofreu para aprender um pouco mais, o terrorista pensa ganhar prestígio, vociferando contra a suposta incapacidade de aprendizagem dos alunos.
13. PROFESSOR AUTORITÁRIO
É um dominador com ares de cinismo e de prepotência. Entende que cabe só a ele tomar decisões. "Por lei, em sala de aula, eu gozo de autonomia". Não entende que sua autonomia é relativa e se rege por coordenadas pedagógicas. E estas tê
Fonte: FERRACINI, Luiz. O professor como agente de mudança social. São Paulo: 1990.
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