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Autismo: novas pesquisas ajudam profissionais a detectar o problema



Um estudo do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP) poderá ajudar você, no seu trabalho pela Primeira Infância, a identificar suspeitas de que a criança sob seus cuidados sofra transtornos do espectro do autismo (TEA).
O estudo em questão está avaliando um instrumento, conhecido como Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDI), a fim de ajudar os profissionais de Saúde da atenção básica a identificar sinais associados ao TEA.
“Os resultados são bastante promissores no sentido de indicar a sensibilidade do IRDI a quadros de autismo. Nossa amostra ainda é pequena, mas estamos trabalhando para aumentá-la”, afirmou Rogério Lerner, professor do IP-USP e coordenador da pesquisa, apresentada durante o I Seminário de Pesquisas sobre Desenvolvimento Infantil, realizado pela FAPESP, por meio de um acordo de cooperação entre a instituição e a FMCSV.
Talvez você já saiba, mas o protocolo IRDI foi desenvolvido entre os anos de 2000 e 2008 pela equipe de especialistas que integraram o Grupo Nacional de Pesquisa (GNP) e requerido pelo Ministério da Saúde para fazer parte da caderneta da criança, servindo de apoio a pediatras e demais profissionais da atenção básica nas consultas de puericultura.
O IRDI lista 31 indicadores de saúde, que representam situações favoráveis ao desenvolvimento do bebê, observados nos primeiros dezoito meses de vida. A ausência de um ou mais indicadores pode sinalizar algum problema, não só relacionado ao autismo.
Para avaliar a situação da criança, o instrumento traz itens que são observados e também obtidos por meio de perguntas simples, feitas aos pais ou responsáveis pelo bebê, como: “A criança procura ativamente o olhar da mãe?”, “A criança reage (sorri, vocaliza) quando a mãe ou outra pessoa se dirige a ela?”, “Durante os cuidados corporais, a criança busca ativamente jogos e brincadeiras amorosas com a mãe?”.
Mesmo não tendo sido criado com a finalidade de diagnosticar uma patologia específica, mas, sim, de trabalhar a prevenção e promoção da saúde como um todo, o estudo do doutor Lerner e sua equipe quer definir se o IRDI consegue, por meio de seus mecanismos, ser suficientemente sensível para discriminar quadros de autismo, fato que traria muitos avanços à saúde pública e ao bem-estar da criança pequena, com a detecção precoce do problema.
Outra pesquisa, desta vez realizada por cientistas americanos, indica que o autismo pode ser desenvolvido ainda no útero e até mesmo durante o início da gravidez.
A base para essa afirmação foi a constatação de que o desenvolvimento do córtex é interrompido em crianças com essa condição.
Os pesquisadores da University of California analisaram 25 genes no tecido cerebral de crianças mortas, algumas com autismo e outras não, que servem como biomarcadores para os tipos de células do cérebro em diferentes camadas do córtex.
Segundo Eric Courchesne, professor de neurociência e diretor do Autism Center of Excellence, um dos responsáveis pela pesquisa, foram descobertos manchas focais de desenvolvimento interrompido dessas camadas na maioria das crianças com autismo.
As regiões mais afetadas pelas manchas foram o córtex frontal e temporal. O frontal é associado a funções de ordem superior no cérebro, como a comunicação e a compreensão de sinais sociais. Já o temporal é associado à linguagem.
As interrupções no desenvolvimento dessas camadas podem ser a base para alguns dos sintomas do autismo.
Saiba mais sobre o estudo brasileiro, divulgado pela Agência Fapesp, e confira outras informações, publicadas pelo portal Terra, da pesquisa americana.
Fonte: MCSV

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