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Tecnologia a favor da educação: conheça apps que podem revolucionar a forma de ensino

Imagem: Shutterstock | Adaptação: Niandson Leocádio

A forma de aprendizado se manteve quase sem alterações nos últimos séculos. Professor, sala de aula, livros e uma didática padrão compõem um cenário que todos nós conhecemos bem. No entanto, com o advento de novas tecnologias, com uma inclusão digital mais intensa, outras formas e linguagens no processo de aprendizado começaram a surgir. Vivemos, hoje, na era dos apps, de sistemas e conexão web quase full time. Isso fez com que várias startups (empresas de alto grau de tecnologia), surgissem com ideias e sistemas que permitissem preencher um espaço diferente na educação, principalmente, de estudantes pré-universitários e aqueles inseridos no ensino superior.
"Duas pessoas não aprendem da mesma forma", destaca Eduardo Bontempo. E foi com essa premissa que ele criou, junto com seu sócio Claudio Sassaki, a Geekie, uma startup que promete revolucionar o modelo de ensino aprendido no Brasil. A empresa oferece soluções educacionais personalizadas, adequando o ensino ao perfil de cada aluno para que ele possa aprender da forma mais adequada às suas características e necessidades.
"Tem gente que aprende melhor pelo vídeo, outras pelo texto, outras pelo áudio. A plataforma vai entender a melhor forma de aprender de cada um para começar a gerar conteúdo", afirma Bontempo. São dois produtos, um deles é o GeekieTeste. Ele é uma avaliação, como se fosse um simulado, através do qual é possível identificar quais são os pontos fortes e fracos de cada aluno de forma a direcionar o plano de estudo adequado para ele. Essas informações são de conhecimento dos professores e diretor da instituição para que entendam e tenham uma fotografia muito mais detalhada de cada um dos alunos. “É uma ferramenta que traz inteligência para escola e municia o professor e todos os outros personagens desse processo de educação com informações”, destaca.
A segunda ferramenta, o Geekie Games, é a plataforma adaptativa, e no fundo ele quebra aquele modelo que existe hoje: o professor dando a mesma aula para 50, 100 ou 200 alunos. A ferramenta faz uma avaliação, um diagnóstico do aluno e, a partir desse diagnóstico, cria um plano de estudo personalizado para cada um. A plataforma tenta aprender qual é a melhor forma de aprendizado de cada pessoa.
E os primeiros passos já foram alcançados: o produto Geekie Games, através de uma parceria com a Globo, chegou a estudantes de 90% dos municípios brasileiros, além de ser escolhido como plataforma oficial do MEC para preparatório do ENEM.

Buscador de estudos

Estudantes e alunos estão antenados nas redes sociais, e professores sabem disso. Muitos aproveitam a ferramenta para enviar arquivos e fazer grupos para melhorar a comunicação. Mas apesar da plataforma ter esse lado para facilitar a troca de conhecimento, hoje, é um dos vilões de produtividade e dos estudos. Basta aparecer uma atualização ou uma mensagem para o nível de concentração voltado aos estudos despencar. “E se existisse uma rede social apenas para isso? Um local que as buscas sobre a educação fossem indicadas pela relevância delas aos próprio alunos”. Foi essa pergunta que fez com que a Gabriela Rodrigues, junto com um grupo de amigos, criasse o Estudorama.
“No Estudorama, você pode seguir professores: tudo aquilo que eles postarem vai direto para seu feed. Nós pensamos em tudo para você ficar livre para focar em aprender, e não em ficar gastando seu tempo fazendo buscas”, indica. Na plataforma, o aluno não terá mais que procurar qual página é realmente relevante para sua pesquisa: todo conteúdo já é previamente filtrado por professores.
“O Estudorama foi concebido para ser uma ferramenta, não um processo. Cada professor tem a sua maneira única de dar aula, nós apenas somos um complemento disso: uma plataforma onde você pode criar uma experiência para seus alunos, mesmo fora da sala de aula, estimulando-os a aprender cada vez mais”, ressalta Gabriela.

Grupo de estudos universal

Criar grupos de estudos para melhorar o conhecimento em determinadas disciplinas é muito comum e uma prática bastante adotada entre alunos de uma mesma turma em instituições de ensino superior. Astartup brasileira Cinese percebeu isso, mas acreditou que esse conceito poderia ir muito além de trocar conhecimentos apenas com pessoas conhecidas. Por isso criou uma plataforma que adota ocrowdlearning, um modelo em que pessoas apaixonadas pelos mesmos assuntos aprendem e ensinam lado a lado.
“Acreditamos que todo conhecimento é útil e que todo mundo tem algo para compartilhar. Foi por isso que o Cinese nasceu. Para promover encontros entre pessoas cheias de vontade de dividir seus conhecimentos, habilidades e experiências. A ideia é a de que qualquer um pode aprender qualquer coisa, com qualquer pessoa e em qualquer lugar”, descrevem as fundadoras e empreendedoras Camila e Anna Claudia Haddad.
A plataforma permite que você proponha e participe de encontros diversos para um aprendizado livre e coletivo, ou seja, não existe limitação para cursos e até temas. É possível encontrar desde aulas de finanças, de física quântica até workshops de culinária.
“Cinese vem do grego, kínesis. Significa movimento, mudança, agitação da alma. O verbo kinéo é um verbo bonito demais, que quer dizer pôr em movimento, perturbar, empurrar, excitar. É exatamente isso que pretendemos fazer com você: te colocar em movimento através do aprendizado”, destacam as empreendedoras.

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